ROSEANA SARNEY PODE SER AFASTADA CARGO

FIM DA ERA SARNEY: ROSEANA PODE SER AFASTADA DO CARGO



Presidente da Assembleia Legislativa do Estado tem a chance de se vingar de Roseana Sarney.


Cabe ao desembargador Cleones Cunha decidir sobre o mandado de segurança com pedido de liminar movido pelo advogado Nonato Masson, no mês de fevereiro, contra a decisão do presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, que arquivou o pedido de impeachment da governadora Roseana Sarney.
A ação encontra-se conclusa ao magistrado desde o último dia 31 e pode obrigar o plenário do Legislativo estadual a julgar o afastamento da governadora, protocolado pelo Coletivo de Advogados em Direitos Humanos por causa da omissão do Estado em meio à crise no Sistema Prisional que resultou em 62 mortes na Penitenciária de Pedrinhas.
Caso favorável ao pedido de Masson, a decisão pode dar a Melo a possibilidade de retribuir a humilhação sofrida nas últimas semanas. O parlamentar foi excluído de todo o processo de negociação para a definição da chapa do grupo Sarney para disputar as eleições de outubro. A própria desistência de Roseana Sarney de disputar o Senado Federal teve o grande peso da desconfiança que o grupo Sarney cultiva por Arnaldo.
Próximo na linha sucessória, o deputado estadual comandaria Palácio dos Leões por 30 dias e se articulava para ser eleito para o mandato-tampão na eleição indireta da Assembleia.
Mas foi barrado pela falta de confiança da filha de José Sarney, que preferiu sacrificar-se politicamente a entregar o comando do Executivo a ele.
E o destino pode ter dado a Arnaldo Melo e ao seu grupo de apoiadores a oportunidade de recompensar toda a desconfiança do Clã, e, quem sabe, de afastar Roseana do governo definitivamente, colocando-os no comando do Maranhão pelo menos até o final do ano.
E assim o presidente da Assembleia Legislativa poderia voltar a ser o candidato do PMDB ao governo do estado, diante da indefinição do quadro político no seio do grupo Sarney.

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QUEDA JÁ VEM SENDO NOTADA HÁ TEMPOS:
CLÃ SARNEY AFUNDANDO NO MARANHÃO  
28.10.2013 | 08h30 - Atualizado em 28.10.2013 | 06h51
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Com dificuldade de se renovar, clã Sarney vive crise no Maranhão
Envelhecido, grupo político que orbita em torno da família Sarney perde força no Estado e já trabalha com perspectiva de derrota nas urnas em 2014
Reprodução
Descrição: http://www.midianews.com.br/storage/webdisco/2011/09/26/310x233/b4e859f9325cc62807c6ed0f7ced28de.jpg
DO IG
Após aproximadamente 50 anos de domínio no Maranhão, a família Sarney vive uma crise sem precedentes no Estado. Pela primeira vez em toda a sua história, o clã tenta reverter um quadro político desfavorável, faltando cerca de um ano para as eleições estaduais. Com dificuldade de se renovar e atrair novos quadros, o grupo ainda não encontrou a receita para manter o controle do capital político que começou a construir ainda na década de 60.

Em 2014: PT prepara caminho para romper com o clã Sarney no Maranhão

Nos bastidores, até mesmo os aliados mais próximos da família Sarney admitem que o grupo está perdido no que se refere à montagem de uma estratégia que permita derrotar seu principal adversário, o presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), Flávio Dino. Pré-candidato ao governo do estado pelo PCdoB, Dino aparece em pesquisas internas com pelo menos 60% das intenções de voto.
Agência Brasil
O senador José Sarney e a filha Roseana, governadora do Maranhão

Independentemente do resultado das eleições de 2014, os Sarney não têm um “herdeiro político” natural para manter a família no poder por muito tempo. Os próprios aliados admitem, em caráter reservado, que “o grupo envelheceu”.

Quadros importantes da família Sarney devem deixar a cena política a partir do ano que vem, seja pelo desgaste com a opinião pública local ou por conveniência pessoal. A própria Roseana Sarney (PMDB), ex-senadora e atual governadora do Maranhão, por exemplo, vive um dilema. Até agora, ela não decidiu se irá se dedicar a uma eventual candidatura ao Senado ou se vai encerrar a carreira política.

Cansada e com a saúde desgastada, Roseana vem reiterando a interlocutores que não gostaria de se submeter a mais uma eleição. Seu marido, Jorge Murad, conforme informações de pessoas próximas à família, também a pressiona a deixar os palanques em 2014.

A insistência para que ela se lance ao Senado parte basicamente de seu pai, o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Ele enxerga nessa possibilidade a única chance de uma sobrevida política, tanto para a filha quanto para o clã. Mesmo assim, uma sobrevida enfraquecida conforme os aliados. Roseana é tida como a última figura carismática capaz de manter a união do grupo no Maranhão. Os aliados acreditam que, em Brasília, na condição de senadora, ela não teria condições de manter a articulação política capaz de sanar os costumeiros choques de interesses internos de integrantes do clã no Estado.

A interlocutores, Roseana também tem dito que só deixaria de fato o cargo de governadora para se candidatar ao Senado se conseguisse articular a eleição indireta de Luís Fernando Silva (PMDB), secretário de infraestrutura do Estado, no início do ano que vem. Silva foi escolhido por Roseana como candidato do governo para enfrentar Dino na disputa ao governo do Estado em 2014. A manobra para uma eventual eleição indireta de Silva foi antecipada pelo iG , em setembro.

Herança

A avaliação que existe hoje na família Sarney é a de que outros possíveis herdeiros não têm cacife suficiente para conseguir manter o domínio da família no governo do Estado. O deputado federal Sarney Filho (PV-MA), Zequinha, se lançará ano que vem mais uma vez a uma cadeira na Câmara. E o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), tem dito que quer apenas concluir seu mandato como senador e encerrar a vida política.

Entre os aliados, Zequinha é visto como “eterno deputado federal” e, segundo interlocutores, lhe falta carisma e força política para encarar uma disputa para o governo do Estado, por exemplo. Sarney Filho nem tem apoio nem mesmo dos sarneístas em uma eventual disputa majoritária.

Lobão chegou a ser sondado como candidato ao governo para o ano que vem e sempre foi apontado como o nome mais forte do grupo para uma disputa contra Dino. Preterido por Luís Fernando Silva, Lobão ainda é apontado como um “plano B” do clã caso o secretário de Roseana não consiga decolar na disputa contra Dino no ano que vem.

Existem duas versões para a desistência de Lobão na disputa pelo governo do Maranhão em 2014. A primeira: o ministro de Minas e Energia abdicou de uma eventual candidatura por cansaço pessoal e para não criar uma crise interna no grupo. Outras fontes afirmam que a história é completamente diferente. Apoiado por José Sarney, o nome de Lobão teria sido vetado pelo marido de Roseana, Jorge Murad.

Nos bastidores, fala-se que, em um eventual mandato de Lobão ao governo maranhense, quem daria as cartas no Estado seria Edison Lobão Filho (PMDB-MA), hoje mantenedor da cadeira do pai no Senado.

Sem apoio de Roseana, Lobão também deve se eximir de trabalhar por Silva na disputa do ano que vem. Aliados da família, no entanto, dizem que Lobão ainda tem boas chances de ficar na corrida, caso Silva não consiga atingir pelo menos 20% das intenções de votos até março de 2014.

Independentemente de ser candidato ou não, Lobão quer encerrar a carreira política em 2018, quando termina seu último mandato como senador. Edinho Lobão, idem. O filho do ministro fala a interlocutores que deixa a cadeira do Senado caso o pai reassuma o cargo ou em 2018, ou caso o ministro de Minas e Energia não volte à Casa. Edinho Lobão diz que ganha mais trabalhando por suas empresas no Maranhão que disputando cargos eleitorais. “É cansativo. A minha família sofre muito com esse translado Brasília x São Luís. São quatro dias fora de casa semanalmente. É complicado”, admitiu Lobão Filho ao iG .

Outro quadro da família Sarney que poderia ser uma esperança de sobrevida do clã no Estado, Adriano Sarney, neto de Sarney, também custa a ser visto como herdeiro político forte e não tem a bênção da tia, Roseana. Adriano participará da primeira eleição em 2014, como candidato a deputado estadual. Mas nos bastidores, especula-se que ele deve seguir o mesmo destino de Zequinha Sarney.




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