ARTIGO
Brasília e suas quadrilhas



Sendo o Brasil um país de dimensões continentais, o ex-Presidente Juscelino resolveu centralizar os Poderes da República, no Planalto Central. Os Arquitetos Lúcio Costa  e Oscar Niemeyer, ficaram responsáveis, respectivamente, pelo Plano Piloto  e pelo Projetos Arquitetônicos e Execuções das obras.
O Rio de Janeiro, perdeu seu “status” de Capital Federal, porém, continuou sendo “a mais linda cidade do mundo”, longe de escândalos políticos. Como a intenção era diminuir as distâncias entre os Estados e os Três Poderes, as decisões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, passaram a ser em Brasília.
O povo brasileiro comemorou a mudança com muitos discursos, deixando o mundo inteiro, orgulhoso pela sua Nova Capital.  Aos poucos a Cidade cresceu em torno dos seus edifícios, das suas praças, dos seus jardins, das suas avenidas e dos homens que seriam seus novos moradores e administradores.

Nasceram brasilienses, aqui chegaram “paus-de-arara” com nordestinos, chegaram nortistas, sulistas, estrangeiros e, assim começou a mistura de raças, de sotaques e de caráter.
Por ser uma nova Cidade, Brasília tinha tudo pra nos orgulhar, devido as suas linhas arquitetônicas arrojadas, porém, há poucos anos, aqui já chegaram sanguessugas, vampiros, mensaleiros, propineiros e todo tipo de desonestos engravatados.
 Brasília, tem se tornado a capital  da corrupção, da propina, e dos escândalos. Nela já foram denunciadas vendas de sentenças, de “hábeas corpus, de liminares, de alvarás de solturas, falta de decoro parlamentar e de falta de ética. Por entre os edifícios planejados por Oscar Niemayer, circulam carros conduzindo marginais perfumados, com contas bancárias recheadas por depósitos de dinheiro das emendas orçamentárias. 
Brasília, hoje é uma grande fossa sem tampa, de onde exala uma fedentina que atinge a todos os brasileiros. 

Nela já aconteceram escândalos no Tribunal de Contas da União, no Palácio do Planalto, em Ministérios, no Senado, na Câmara dos Deputados, nos Correios, na Caixa Econômica, no Banco do Brasil, nos Governos Estaduais, nas Assembléias Legislativas, em Tribunais de Justiça, em Prefeituras e Câmaras de Vereadores. 
A política transformou Brasília, numa escola de aprendizes do roubo, de falcatruas e dos superfaturamentos. Aqui, quem rouba se torna famoso e é reeleito.


Eu sou de uma época, na qual ainda encontrávamos muitos homens de vergonha, em qualquer dos Três Poderes, pois, eu ainda alcancei homens do porte de Juscelino Kubstschek, Tancredo Neves, Carlos Lacerda, Castelo Branco e outros importantes políticos do cenário nacional. Eu ainda alcancei Tribunais com autoridades sem máculas e com “comprovado saber jurídico”.
Hoje, faço parte de um Brasil com mais de 500 Deputados Federais, Estaduais e Distritais processados. Eu nunca imaginei viver num Brasil, com ladrões esvaziando os cofres da Nação, para construírem estádios caríssimos, para enriquecimento dos empreiteiros. Infelizmente, eu alcancei um Brasil com Zé Dirceu, Zé Genuíno, Marcos Valério e Delúbio Soares.
Parece que, quando o Ex-Presidente Juscelino resolveu construir Brasília, não imaginou que nesta linda cidade, viriam se reunir os maiores ladrões oficiais da República Brasileira. 

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