Você nem imagina como o Ivan era terrível!

IVAN ERA MESMO TERRÍVEL?
Nem te conto… quer dizer, conto, claro. Ivan Vasilyevich foi o soberano da Rússia no século 16. Era o czar Ivan IV. Mas o que esse homem aprontou pra entrar pra História levando esse apelido grudado ao seu nome? É o que vamos descobrir… 

Ivan nasceu em 25 de agosto de 1530, nos arredores de Moscou. Três anos depois, com a morte do pai, ele foi proclamado príncipe. Mas como era muito jovem, sua mãe assumiu o trono. Em 1538, a mãe também foi comer capim pela raiz. Provavelmente envenenada.         

Órfão aos 8 anos, ficou sob os cuidados de uns tais boiardos, nobres proprietários de terras que faziam parte do governo. Dizem que comeu o pão que o diabo amassou na mão desses caras. Chegou até a passar fome. Aqui se faz, aqui se paga, boiardos…

Com esse tratamento VIP desde moleque, foi crescendo achando que era normal maltratar tudo e todos. Começou jogando gatos e cachorros pelas janelas do palácio. Quando cansou dessa “brincadeira”, passou a humilhar os servos e, mais tarde, a matá-los por pura diversão. 

Em 1547, o menino mau foi coroado como o primeiro czar russo – termo equivalente ao de césar romano. Como achavam que a Rússia estava a caminho de se tornar a nova Roma, copiaram o título.

Foi aí que começou a vingança contra os boiardos: não podiam ocupar os postos na administração ou no exército e muitos foram expulsos das suas terras. Eu avisei…

Ivan casou, teve um filho e… caiu doente. Com medo de morrer, mandou chamar todos esses ricaços pra que jurassem lealdade ao filho Dmitri e a sua mulher, a czarina Anastácia. Só que alguns se recusaram. Não deu outra. Foram presos e executados.

Após vencer a guerra contra os tártaros, o czar ficou tão feliz que mandou construir um enorme templo em Moscou, que depois virou a Catedral de São Basílico. Legal, né? Só tem um detalhe… Ele ordenou furar os olhos (literalmente) dos responsáveis pela obra pra que não construíssem nada mais belo que aquela igreja.

Até esse momento, mesmo jogando um pet pela janela, matando uma diarista aqui e cegando um pedreiro acolá, ele estava fazendo um bom governo, com reformas que estavam tirando o país da era medieval. E ainda conquistava territórios, expandindo as fronteiras do país.

Mas quando a sua amada esposa bateu com as dez, foi que o bicho começou a pegar. De cara, culpou todos os conselheiros pela morte da mulher. Mandou prender, torturar, matar.

O homem ficou paranoico, vendo inimigos da pátria por tudo quanto é canto. Formou uma espécie de reino separado – Oprichnina, com as melhores terras do Estado, dando um pé na bunda dos proprietários. Ali, ele mandava sozinho. Ninguém pra encher o saco: nobres, deputados, STF…

E criou uma guarda pessoal com 6.000 brutamontes. Em 1570, suspeitando que os habitantes da cidade de Novgorod tramavam contra o império, liderou uma expedição punitiva. Resultado: cidade em ruínas e 15 mil presuntos.

Dizem que, assim como Vlad Tepes (Drácula), era fã da empalação. E adorava jantar olhando seus cães estraçalharem alguém. Mas a tortura predileta do monstro era colocar seus inimigos pra assistir a TV Senado por 24 horas ininterruptas! Aí pegou pesado.

Ivan casou mais seis vezes. Nem as suas mulheres escaparam da violência do maníaco: quando a primeira-dama não lhe dava um filho, era presa em um convento. E a que ousou botar um par de chifres no Terrível, foi afogada. Parece que só torturando e matando, o desalmado sentia algum prazer. Sinistro!  

Por fim, invocou com a roupa que a nora grávida estava usando e deu-lhe uma surra, o que resultou num aborto. Seu filho foi tirar satisfação e tomou uma bengalada de ferro na cabeça. Morreu.

Em 1584, Ivan, o Terrível passou desta pra melhor. Ou pra pior…

Autor: Ronaldo Capra

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