Neymar da Silva Santos Júnior. Por onde começar? Onde terminou, já sabemos. O garoto de Mogi das Cruzes, que aos 13 anos já prometia ser uma estrela mundial, aos 31 anos, resolveu abandonar o alto nível e abraçar o surreal projeto de futebol saudita. Os valores são inimagináveis. A história de Neymar é a de um príncipe que poderia se tornar rei, mas não aconteceu.
Como aqui fala um torcedor do Santos que viveu a Era Neymar de muito perto, posso dizer: quando surgiu, aos 17 anos, a impressão era que estávamos assistindo a uma espécie de ‘novo Pelé’. Com a camisa 11, o menino de moicano, com só 18 anos, fez temporada de 42 gols em 2010, sendo protagonista de uma equipe que encantou o Brasil.
No ano seguinte, Neymar trouxe ao Santos um título que não vinha desde a época que o Rei do Futebol vestia branco: a Libertadores. Ele tinha apenas 19 anos. E podemos dizer que até meados de 2017, a carreira do maior talento brasileiro da geração seguiu um ritmo natural. Ganhou a Champions brilhando, foi top3 do mundo e se tornou símbolo de futebol arte, ganhando admiradores em todo o mundo.
A partir dali, a ambição em levar o PSG ao posto de maior clube do mundo como protagonista, rapidamente se concretizou em frustração. As lesões, a baixa visibilidade do Campeonato Francês, as brigas internas de um clube bagunçado, a pressão por uma Copa do Mundo abaixo do esperado em 2018… Ah, e claro, os recorrentes episódios polêmicos fora de campo. Tudo isso fez do garoto de moicano, alegre, sorridente, ousado, que sempre lidou bem com as enormes responsabilidades, perder a aparente paixão por entrar em campo para fazer o que ama. Muitas vezes parecia só uma obrigação.
Foi legal, foi mágico. Mas também foi decepcionante e frustrante. Como todos nós, Neymar possui suas contradições, muitas vezes grandes demais. Neymar é a história do príncipe que poderia se tornar um rei.
Para muitos, legião de milhares de fãs, Neymar simplesmente acabou!
Fonte: Revista Trivela.com